terça-feira, 22 de julho de 2008

Prince of Persia – PS3 – Primeiras Impressões

Novidades, mas nem sempre você pode ser um príncipe...

Vocês jogaram Assassin’s Creed? Se sim, fazem idéia de como a engine do jogo é legal, não? Os saltos, os golpes, os gráficos, enfim, tudo que a Ubisoft sempre mostrou nos games de Prince of Persia, porém de forma ainda mais bela e radical. Pois bem, agora imagina todo esse poder gráfico e tais novos aspetos de jogabilidade num game da série Prince of Persia (coisa que muita gente realmente ficou imaginando como seria)! Isso VAI ACONTECER! Prince of Persia está voltando e o novo jogo irá utilizar uma versão melhorada da engine de Assassin’s Creed, para dar um novo ar às terras da Pérsia, todavia com uma história completamente diferente da vista em Sands of Time. É um novo game, com uma nova engine e um novo roteiro.

Esse novo “príncipe” não contará com os poderes da areia do tempo, entretanto mantendo perícias acrobáticas e habilidades de luta tão boas quanto às dos demais games, que deram origem a tudo que conhecemos sobre Prince of Persia até então. Nosso protagonista é um herói como aquele visto no game clássico para PC, que conta com suas habilidades (no melhor estilo Altair em Assassin’s Creed + habilidades das Arábias!) e lâminas para poder resolver seus problemas! De quebra o jogo terá um novo sistema de combate, também sendo “open-world” (a lá GTA), sem a obrigação de caminhos pré-especificados pelo jogo. Isso significa que de Assassin’s Creed esse novo Prince of Persia só tem a engine mesmo, pois é um jogo completamente diferente de tudo o que ambas as séries já mostraram!

Quer mais? De antemão saiba que no início do jogo, de príncipe o protagonista não tem nada! Ele é um vagabundo, um andarilho em busca de aventuras pelo vasto deserto. No começo, nosso “aspirante a herói” entra logo numa tempestade de areia. Quando a areia finalmente vai se dissipando, ele se encontra num Oasis, mas não um oásis qualquer, e sim o próprio Jardin do Éden, onde no centro é possível ver a “Tree of Life” (literalmente a árvore da vida!). Daí, você descobre que há tempos atrás (muito tempo atrás mesmo), dois irmãos, ambos Deuses, entraram em Guerra. Ahriman era um Deus mal, um ser de escuridão que espalhava a “corrupção” pela terra. Seu irmão Ormazd foi quem finalmente o derrotou, prendendo Ahriman e sua corrupção na Árvore da Vida. E lá o maléfico Deus ficou preso por 200 gerações, onde uma linhagem de guerreiros ligadas a Ormazd sempre protegeu a árvore e o jardim por todo esse tempo. Entretanto tais guerreiros foram quase reduzidos a zero com o passar do tempo e ao chegar nesse local, nosso protagonista pôde presenciar a destruição da árvore da vida, fato que acaba libertando Ahriman.

A boa notícia é que os muros do oásis ainda conseguem prender Ahriman. Só que sua corrupção consegue encontrar meios para passar através de rachaduras no muro, se espalhando rapidamente no resto do mundo. Logo Ahriman estará livre, fazendo com que o resto do mundo se perca em sua corrupção, a não ser que o príncipe e sua misteriosa nova companheira, Elika, possam forçar o retorno da corrupção ao jardim. Elika é uma amiga do príncipe, que poderá ser utilizada como uma arma! Uma personagem que o ajudará a chegar em lugares mais altos, a lidar com adversários (já que ela tem poderes mágicos), resumindo ela te dará suporte (infelizmente isso foi tudo o que foi revelado até agora).

Já a corrupção é tudo de perigoso e ruim nesse mundo (só isso...). Ela toma a forma de seus inimigos e também de armadilhas que visam acabar com o príncipe. Não há vilões contratados pelo grande chefão, não há armadinhas de um sultão, nada disso! Somente a gosma negra que toma forma de acordo com a situação, na medida em que você vai jogando Prince of Persia. As armadilhas não ficam com espinhos, mas com a forma de gosma negra, que irão matar o príncipe, caso você caia. Ou quem sabe elas tentarão te pegar quando você passar por elas, ou até mesmo tentarão te infectar ou explodir! São várias as formas nas quais a corrupção tentará te atacar (inclusive as de um adversário de batalha), e a Ubisoft disse que esses são apenas alguns exemplos do que poderá acontecer com você durante o jogo.

O Oasis servirá como seu marco inicial (ou base) no jogo. A partir dele, você poderá partir para os mais variados lugares, sempre cabendo a você escolher quais áreas devem ser salvas primeiramente e essas escolhas fazem uma grande diferença no jogo. Isso porque no início a corrupção apenas fica se espalhando, fazendo com que você encontre algumas armadilhas, mas nada muito complicado, bastando apenas dar alguns saltos acrobáticos. Aí, na medida em que você vai curando os lugares anteriormente afetados, os buracos no jardim vão ficando maiores, conseqüentemente a corrupção vai ficando maior nas terras restantes, ou seja, limpando uma área faz com que a corrupção se junte em um único ponto, fazendo das áreas finais locais mais cobertos de perigos!

Ter o poder de decidir nem sempre será tão recompensador assim. Afinal, a ordem com que você decide como as coisas acontecerão poderá mudar toda a experiência que você terá com o jogo. Você e um amigo poderão lidar com diferentes áreas ao mesmo tempo, em direções opostas (será que eu ouvi multiplayer cooperativo?), tendo suas próprias experiências. Por exemplo, se um chefão que você enfrenta libera uma armadilha de corrupção que infesta as demais áreas quando ele morre, essa armadilha ficará pelo resto do jogo e só sumirá de um local quando o mesmo for curado. Isso significa que se você matar o chefão antes, você terá que mostrar muito suas habilidades acrobáticas por todas as áreas, mas se você deixar para matá-lo depois, pelo menos você terá áreas com menos risco. A corrupção muda tanto os cenários que você poderá passar por um mesmo local diversas vezes, sempre encontrando algo completamente diferente, fazendo com que uma hora jogando Prince of Persia sempre seja uma experiência diferente, mesmo que num mesmo local (afinal, open world também significa passar pelas mesmas localidades várias vezes).

Além disso, o jogo conta com pontos de visão. Eles locais te dão uma visão do mundo de jogo, onde você poderá ver quais áreas estão completamente curadas e quais ainda estão sendo tomadas pela corrupção. Não vá pensando que é só chegar lá para apreciar a paisagem, já que você terá que escalar uma colina para olhar para baixo (isso é igual a, mais escalada e testes de habilidade! Esteja pronto!). Também não é nada para deixar ninguém nervoso, pois esse príncipe também é muito bom com acrobacias. Por mais que ele esteja sempre sendo testado, tenha certeza que ele tem perícia suficiente para saltar o que for, desde o início do jogo. Ele poderá correr em muros, saltar precipícios, entre outras habilidades já vistas nos demais games da série. Claro que tudo isso sem deixar de contar com novidades.



O príncipe conta com uma luva em sua mão esquerda com garras nos dedos. Essa não somente serve como um item de combate, como também para ajudar em suas acrobacias. Você poderá utilizá-las para descer um precipício, para súber ou descer num muro ou até mesmo como backup em caso de um salto errado (pois não mais areia do tempo para trazê-lo de volta!). As garras também serão muito úteis para esquivar de armadilhas de corrupção. Enfim, uma ferramenta bastante útil durante todo o jogo. E não vá pesando que as acrobacias sejam a única parte do quebra-cabeça. Afinal, haverá batalhas, e essas serão bem mais diferentes das vistas nas versões anteriores do game, onde você enfrentava meia dúzia de adversários.

Bem, nesse novo game o protagonista tem uma espada longa na mão direita e uma luva com garras na mão esquerda e essas são suas armas. Não existirão melhorias nas armas e esse não é um jogo sobre criar uma arma mais poderosa. É simplesmente a história sobre um estranho nômade que se tornará um grande herói. Com isso, ao invés de se apoiar na quantidade de vilões, o jogo tem qualidade! Os inimigos dessa vez são muito mais espertos do que jamais estiveram e você não enfrentará mais de um adversário por vez. Os adversários são tão bons em batalha quanto o príncipe, sendo esse o motivo pelo qual você NUNCA enfrentará mais que um inimigo por vez (isso quando não aparecer aquele que é melhor que o príncipe). As lutas serão intensas (porque não épicas!) e sempre estarão testando as habilidades com espada de vossa alteza.

Nas poucas imagens já liberadas foi possível ver criaturas de corrupção com uma perigosa mão de tesoura, que sempre bloqueavam os ataques diretos do protagonista chegando até a jogá-lo contra a parede! Nesses momentos, cabia ao príncipe conseguir uma brecha para conseguir algum espaço até que os dois estivessem novamente travando sua batalha. Cada um dos botões de face do Playstation 3 (X, O, triângulo e quadrado) servirão como links para um combo, e não vá pensando que será como um desses games de seqüências de batalha (como Heavenly Sword ou God of War). Prince of Persia promete algo muito mais interessante, já que você poderá misturar os botões como quiser, bem no estilo game de luta! Está certo que minha empolgação atual pode acabar sendo frustrada, afinal não existe ainda um playtest que não dos produtores (não há ainda uma demo testável para jogadores ou membros da mídia até o momento em que redigi essa matéria), mas temos que dar crédito à idéia que é show (principalmente se o critério fosse comparar com os games anteriores da linhagem Prince of Persia)! A Ubisoft já chegou a afirmar que você poderá chega em 15 hit combos! Preciso explicar mais?

Mais detalhes?Não há um mapa, nem HUD, nem barra de life, enfim... Nada! A idéia original do jogo exige apenas que você não leve muitos golpes seguidos para não morrer, só isso. O novo Prince of Persia permite que você leve uma ou duas pancadas, depois disso (seguidos), a morte já começa a bater sua porta! Ainda não dá para ficar tão certo de que forma isso irá funcionar, mas já deu para perceber que todo cuidado é pouco. Quanto ao aspecto gráfico, a Ubisoft chama os gráficos de “ilustrativos”. Bem, o gráfico é realmente ilustrativo e 3D, mas com a utilização de cel-shades (incrivelmente belos, mas cel-shades...). Uma coisa é certa, é como ver uma pintura ganhar vida!

E graças a detalhes como esses que esse realmente será um grande sucessor de Sands of Time! Mesmo com as inúmeras mudanças, a essência se mantém a mesma, porém com um novo visual, estilo de combate e exploração. Agora é esperar por ainda mais detalhes sobre esse que promete entrar na briga pelo título de melhor game next-gen do ano!

Plataforma: Playstation 3
Data de lançamento: Final de 2008
Distribuído por: Ubisoft
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Gênero: Aventura
ESRB Rating (censura): Pendente
Expectativa: 10,0/10,0

Redator: Jeancarlos Silva Mota
Fonte dos Vídeos: YouTube

Fonte da notícia: playstation.com.br

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